Falsa Psicóloga que atendia crianças autistas há mais de 10 anos no Rio de Janeiro se apresentava como Especialista em Terapia ABA, sócia da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental e da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil.
As informações eram apresentadas em seu currículo, exibido pela reportagem do Portal G1 - Rio de Janeiro, que informa também que a autora dos crimes de estelionato, propaganda enganosa e exercício ilegal da profissão confessou informalmente ter cursado apenas 2 períodos da graduação de Psicologia e não possuir nenhum tipo de curso relacionado ao atendimento de crianças autistas.
De acordo com o Portal R7, Beatriz cobrava 800 reais pela primeira consulta. Iniciado o tratamento, o valor da hora de atendimento era de 90 reais, segundo informações do Portal G1. Ao todo, ela atendia cerca de 60 crianças; e no momento da prisão, haviam 10 aguardando para serem atendidas.
As suspeitas sobre ela surgiram quando a autora da denúncia observou que seu filho não havia apresentado melhoras no quadro, ao longo dos 10 meses de acompanhamento que fez com a falsa Psicóloga. Com o recibo do serviço em mãos, a família da criança procurou o CRP e descobriu que Beatriz não possuia registro no conselho de classe, descobrindo assim, que tratava-se de uma fraude.
17 comentários:
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Se ela não se intitulasse psicóloga...
Daniel, não sei se entendi, mas se entendi, concordo com os três pontinhos... Se bem que dá vontade de soltar o verbo...
Sim, meu povo. Se ela não tivesse se autointitulado psicóloga, poderia continuar atendendo autistas sem problema nenhum. Isto porque nenhuma das atividades do psicólogo, com excessão da aplicação e correção de testes, é privativa.
Um absurdo! Não bastou dizer que era Psi, teve que colocar o nome da ABPMC no meio!
Tambem fiquei indignada com a noticia...
NETO! Como assim nenhuma das atividades do psícólogo, com exceção de aplicação e correção de testes é privativa??? Passamos 5 anos na graduação e mais alguns nos especializando para que?? Sua colocação foi infeliz!Assim como qualquer profissão, a Psicologia tem suas particularidades, técnicas e instrumentos próprio e únicos!! O seu comentário mostras que, pensando assim, qualquer um pode mesmo exercer a profissão que quiser, causando danos como estes ,desta impostora!Reveja seus pensamentos!
Ok Neto! Não quis em hipótese alguma ser agressivo,não interprete de tal maneira!Entendo sua colocação de que apenas psicólogos podem aplicar testagens, sim, o teste´é uma ferramenta apenas de uso do profissional da psicologia! Quis me posicionar no sentido de que as outras técnicas e ferramentas utilizadas pelo psicólogos não podem ser aplicadas por qualquer pessoa sem preparo, sem conhecimentos e competências,compreende?Assim como qualquer profissão. Você disse que se ela não tivesse se intitulado psicóloga,poderia continuar atendendo autistas sem problema nenhum, foi neste sentido que eu disse, assim como em qualquer profissão, o profissional tem que ter sim seu título, sua formação! Abraços.
E realmente poderia e ninguém poderia tentar impedir, porque não estaria desrespeitando lei alguma.
E quando falo de técnicas privativas ao psicólogo, não falo de ter amparo técnico ou conhecimento para executá-las, mas sim, de amparo legal: ou seja, algo que torne usar aquela técnica um desrespeito a alguma lei. A única coisa que é exclusivo do psicólogo, POR LEI, é a aplicação e correção de testes. Qualquer outra coisa que o Psicólogo faz, pode DE ACORDO COM A LEI ser feita por qualquer outro profissional.
Neto, leia antes este link:
http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumentos/atr_prof_psicologo.pdf
Há sim atribuições que SOMENTE o psicólogo pode exercer! E não sáo só a aplicação e correção de testes! Outra coisa: Beatriz Cunha não poderia NUNCA continuar fazendo o que fazia SEM O REGISTRO PROFISSIONAL! Ela não terminou a GRADUAÇÃO! Mesmo se fosse como estagiária, já estaria FORA DA LEI! ATENÇÃO AOS COMENTÀRIOS SEM FUNDAMENTAÇÃO!
Netooo,
me surpreende como você tem paciência hein?! Parabéns... Tem hora que calouro é complicado. Além de não saberem o que tão falando, ainda são mal educados.
Valeu Neto pelas notícias tão importantes. Para provar que isso é verdade, existe uma linha da filosofia chamada filosofica clínica que atende nos moldes bem parecidos com o da psicologia e isso não se intitula psicologia, o que não impede de exercer a prática clínica. Se fosse uma prática privativa o atendimento clínico todos os terapeutas olisticos teriam que correr muito para fazer psicologia pegar o crp. Essa falsa psicóloga sairia ilesa se alegasse que é terapeuta olística de autistas! Mas o problema é que ela mentiu achando que nada iria acontecer, que a verdade não vai vir a tona.
Seria muito mais útil as pessoas defenderem a profissão à partir de dados e informações, e não a partir de paixões. Ai sim a profissão ia crescer em qualidade.
Neto e Alessandra, já fui caloura sim, há 13 anos atrás. A única coisa que eu julgo pertinente no momento é que os psicólogos se unam mais e solicitem aos Conselhos Regionais de Psicologia que seja providenciada uma fiscalização mais eficiente a fim de que fatos como este não se repitam mais atingindo tanta gente esperançosa durante 12 anos.
Gostei mais de seu último post: bem mais educado.
Concordo que é necessário que os psicólogos se unam e cobrem dos conselhos, mas acho que o primeiro passo é conhecer a profissão, as leis e portarias que a regulamentam e regem.
Neto, se lhe passei falta de educação no último comentário, não era essa minha intenção... talvez eu tenha escrito de forma mais intensa simplesmente pelo fato de eu ter conhecido a pessoa que foi presa (que já está em liberdade preventiva)! Em nenhum momento eu desconfiei de alguma coisa errada daparte dela, pasme! Realmente ela acreditava e fazia os outros acreditarem que era formada e que ainda era Terapeuta Comportamental e pós graduada em psicologia medica! Convidava profissionais para trabalhar ao seu lado e dar palestras. Isso tudo me impressionou muito e ainda estou me recuperando do susto. Para nós, psicólogos que temos uma formação que é embasada na ética e na verdade, esse fato deve ser mais um alerta: devemos sempre checar os registros, ainda é difícil desconfiar de outros que se dizem profissionais 'psis', como nós, ainda mais no caso de profissionais do autismo, área ainda a ser muito trabalhada e estudada. Eu venho trabalhando com inclusão escolar de crianças com autismo há quase 2 anos e depois da especialização em atendimento a usuários de álcool e drogas e do mestrado, posso dizer que no caso do autismo é tudo ainda muito novo, o que facilita a emergência de pessoas querendo se aproveitar da esperança e fragilidade dos pais. É muito complicado...
Acho que este comentário está um pouco atrasado, mas aproveitando a discussão, gostaria de fazer duas colocações.
1) Admirável a paciência do colega Neto, paciência esta já demonstrada em várias outras ocasiões. Você é um modelo, amigo. :D
2) Seria interessante pensar em soluções para este problema de regulamentação da profissão.
Estamos em tempos de "abaixos-assinados" de internet. Será que valeria a pena fazer um sugerindo ao CFP que definisse melhor as atribuições privativas do psicólogo?
Que outros meios poderíamos utilizar para expressar a vontade da classe?
Acho que seria interessante a redação de um documento que listasse os pontos cegos da profissão, que apontasse possíveis soluções e que fosse disponibilizado para ser apoiado ou não pelo restante da classe.
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